terça-feira, 22 de agosto de 2017

"Paródia" Canção do Exílio - de Gonçalves Dias

Canção do Exílio (Minha versão)

Minha terra tem bagual,
Não adianta nem domar, 
São firmes como tora,
Porem ótimos para lassar.

Nosso galpão tem mais gaúchos,
Nossos armário tem mais vinho,
Nossas lavouras tem mais ervas,
Nossas vidas mais carinho.

Ao cantar, sozinho,à noite,
Mais amor encontro eu lá,
Minha terra tem um morro, 
Onde canta o sabiá.

Minha terra tem beleza,
Muito mais que possa imaginar,
Ao cantar, sozinho,à noite,
Mais amor encontro eu lá,
Minha terra tem um morro, 
Onde canta o sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que volte para lá,
Sem que desfrute a beleza,
Que eu não encontro por cá,
Sem que eu olhe para o morro,
Onde canta o sabiá.

Maria Eduarda Pellisoli Teixeira
 

sábado, 17 de outubro de 2015

As Pombas (Raimundo Correia)

As Pombas
(Raimundo Correia)

Vai-se a primeira pomba despertada…
Vai-se outra mais… mais outra… enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada.
E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada.
Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem… Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais.

Soneto da Fidelidade (Vinícius de Moraes)

Soneto da Fidelidade
(Vinícius de Moraes)

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Poema Sujo (Ferreira Gullar)

Poema Sujo
(Ferreira Gullar)

turvo turvo
a turva
mão do sopro
contra o muro
escuro
menos menos
menos que escuro
menos que mole e duro
menos que fosso e muro: menos que furo
escuro
mais que escuro:
claro
como água? como pluma?
claro mais que claro claro: coisa alguma
e tudo
(ou quase)
um bicho que o universo fabrica
e vem sonhando desde as entranhas
azul
era o gato
azul
era o galo
azul
o cavalo
azul
teu cu
tua gengiva igual a tua bocetinha
que parecia sorrir entre as folhas de
banana entre os cheiros de flor
e bosta de porco aberta como
uma boca do corpo
(não como a tua boca de palavras) como uma
entrada para
eu não sabia tu
não sabias
fazer girar a vida
com seu montão de estrelas e oceano
entrando-nos em ti
bela bela
mais que bela
mas como era o nome dela?
Não era Helena nem Vera
nem Nara nem Gabriela
nem Tereza nem Maria
Seu nome seu nome era…
Perdeu-se na carne fria
perdeu na confusão de tanta noite e tanto dia
(Trecho de Poema Sujo, de Ferreira Gullar).

sábado, 26 de setembro de 2015

GAÚCHA DE CORAÇÃO
( Maria Eduarda )Minha criação.

Primavera, outono
Inverno ou verão
Como é bom um amargo chimarrão.

Churrasco, careteiro
Ou quem sabe um pinhão
Gaúcho que é gaúcho
Segue a tradição.

Uma casa no meio do mato
Calço me sapato
E vou cavalgar.

Fandango agora a tarde
Para matar a saudade e a lealdade
De estar com meus amigos de verdade.

Uma bela prenda
Em um belo vestido
Me deu saudade de meu marido.

Sigo a tradição
Sou gaúcha de coração.




TE AMO
( Maria Eduarda )Minha criação

Quanto mais te olho
Mais te adoro.

Olhar não cai pedaço
Nem te tira do espaço.

Te amo 
Mais do que te quero
Eu sei que não é meu ramo
Meu ramo é coca-cola zero.

Não precisa se esconder
Vou te proteger.




AVISO: Se alguns dos poemas não tiver nome fui eu que fiz, se estiver escrito " Maria Eduarda " também fui eu que fiz.
Com esperança que algum dia seja recompensada.